Na última segunda-feira, dia 10 de fevereiro, a cidade de São Paulo parou em decorrência das chuvas. O prédio onde meu escritório está localizado foi atingido pela enchente de maneira avassaladora, a água invadiu a garagem, recepção e poço dos elevadores. As consequências foram sentidas durante toda a semana, e os prejuízos para o condomínio foram grandes.
Ninguém consegui acessar o edifício, a não ser se usasse o bote do Corpo de Bombeiros. Nenhuma empresa realizou atendimentos, e quando a água abaixou, na terça-feira, tivemos que aguardar a realização da limpeza pesada e utilizar as escadas para acessar os 15 andares, pois os elevadores só voltaram a funcionar na tarde de quarta-feira.
Quando comprei o escritório, estava ciente que o local era um ponto de alagamento, e criei uma estrutura mínima para aguentar pequenas enchentes: alimentos, colchonete, tv digital, internet, luz de emergência. O próximo item que será adquirido é um no break. Mas, em 5 anos, nunca vivi algo parecido. E certamente muitas empresas também se viram diante de uma condição inédita na região.
A análise Swot faz a gente pensar em fatores externos que podem ajudar ou prejudicar nosso trabalho e desempenho. Considerar este tipo de fenômeno é fundamental para evitar muita dor de cabeça.
Há cerca de 1 ano, tenho utilizado a ferramenta para me precaver de fatores que não dependem de mim, mas que afetam muito meu trabalho e os atendimentos que realizo no meu escritório. Enfrentei muitos problemas relacionados ao trânsito, pois estou muito próxima à Marginal Pinheiros, que sofreu uma queda no asfalto por falta de manutenção, e à Ponte do Jaguaré, que passou por um incêndio que danificou sua estrutura. Muitos clientes atrasaram ou não conseguiram chegar, as vagas que normalmente tínhamos na frente do edifício foram ocupadas, o tempo para me deslocar de casa até o escritório triplicou em muitos dias.
Ter uma visão ampla já não é mais dar um passo à frente, e sim uma questão de sobrevivência para as empresas.
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